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EMENTAS 

SIMPÓSIO 1

Discurso, arte, história

Coord.:

Débora Massmann (UFAL) 

Verli Petri (UFSM)

Vanise Gomes de Medeiros (UFF)

A Análise de Discurso materialista, tal como tem sido praticada no Brasil, agrupa pesquisadores que se ocupam de questões sociais e discursivas de ampla abrangência, trazendo em seu bojo questões teóricas e analíticas que contribuem para a compreensão do que o sujeito tem experenciado ao longo do tempo. No caso do recorte proposto para este Simpósio: "Discurso, arte, história", reuniremos resultados de pesquisas que explorem as relações entre estas três noções, seja no tempo presente, seja no âmbito da memória de um passado que constitui o sujeito do discurso tal como tem sido afetado pelos "efeitos do capital", levando em conta a máxima pecheuxtiana de que é "preciso 'ousar se revoltar'" (Pêcheux, 1995, p. 304).

 

SIMPÓSIO 2

Gênero, sexualidade, corpo, resistência

Coord.:

Anderson Lins (UEPB / UESC)

Luciana Vinhas (UFRGS) 

Alexandre Ferrari (UNIOESTE)

O simpósio propõe discutir os modos como o capital atravessa os corpos, interpelando sujeitos por meio de discursos que naturalizam a normatividade de gênero e sexualidade. Do corpo-indivíduo ao corpo-sujeito, materialidade do discurso e encarnação de sentidos, é o corpo o ponto zero das subjetivações, o ponto zero do mundo, espaço material para o litígio dos sentidos, base ao deslocamento das “origens”, materialidade atravessada por linguagem e constituída no registro do simbólico. Com Orlandi (2023), compreendemos que o sujeito é corpo e discurso, constituído em laço social, afetado por memórias e pela interpelação ideológica. Falar do corpo, portanto, é falar de sentidos em disputa, o que pode nos encorajar a pensar por um ponto de vista emancipador na medida em que aprendermos a questionar e des(a)fiar os sentidos que fazem funcionar a noção de (a)normalidade a partir da gestão política do gênero, da sexualidade, do corpo. Entre a mercantilização e a exclusão, o corpo funciona como espaço político de contradição, onde a simbolização pode produzir gestos de reexistência. Em tempos de gestão neoliberal da vida, ousar se revoltar é afirmar a opacidade do corpo frente à tentativa de sua captura pelos efeitos do capital. Considerando o corpo como materialidade do sujeito — historicizado, ideologizado e simbolizado —, refletiremos sobre como se constituem os sentidos estabilizados e as formas de resistência, de modo que o simpósio espera receber propostas de discussão que possibilitem a compreensão de como a ideologia se espraia na constituição de sentidos sexo-gendrados, racializados, e(m) seu batimento com o corpo, favorecendo o desvelamento das intrincadas relações entre capital, discurso, língua, sujeito e sentidos.

 

SIMPÓSIO 3

Sujeito, ideologia, lutas de deslocamento

Coord.:

Suzy Lagazzi (UNICAMP)

Luciana Nogueira (UFScar)

Flavio da Rocha Benayon (UFMS)

Ao entrelaçar sujeito, ideologia e lutas de deslocamento, considerando as contradições que constituem as condições ideológicas da reprodução/transformação das relações de produção, este simpósio se abre para discutir diferentes modos pelos quais a resistência mobiliza discursivamente o sujeito e a sociedade em suas divisões e disputas no capitalismo. O enfrentamento da diferença no social exige que os sentidos possam circular, enquanto tomada de posição, dando voz a sentidos silenciados e marginalizados pela coerção do capital. A insistência em falar quando o capital exige silêncio coloca em jogo a possibilidade do contato entre o visível e o invisível, o existente e o alhures, viabilizando sentidos que concorrem para uma formação social outra. Para que as lutas possam se fazer resistência e deslocamento, é preciso que o sujeito se afete, é preciso que o simbólico se faça espaço de novas escutas, em que a ousadia da revolta se imponha e ecoe discursivamente. 

 

SIMPÓSIO 4

Discurso, capital, exploração

Coord.:

Maurício Beck (UESC)

Phellipe Marcel Esteves (UFF)

Luiz Carlos Martins (Ufam)

Neste simpósio, guiados pelas palavras-chave “capital” e “exploração” – discursivizados de forma interdependente –, buscamos acolher pesquisas que se debrucem sobre a relação entre os funcionamentos dos discursos, do capital/do capitalismo e das distintas formas de exploração próprias ao século XXI. Partimos de alguns pressupostos. A começar, os formulados pelo marxismo tradicional: (a) de que a formação social capitalista se funda na propriedade privada dos meios de produção; (b) depende da exploração da força de trabalho; e (c) sobrevive graças à reprodução das forças produtivas e das relações de produção. Além disso, ao longo dos séculos, os modelos civilizatórios da formação ideológica capitalista têm permitido a aceitação evidente (d) da exploração do sistema Terra, produzindo um evento planetário, o Capitaloceno, que põe em risco o futuro da vida humana e não humana; e (e) de conflitos armados do imperialismo que, em continuidade ao modelo colonialista, têm promovido uma reconfiguração dos movimentos migratórios no globo terrestre e, mais gravemente, têm ceifado vidas de milhares de crianças de povos em resistência, como os palestinos de Gaza. Vivenciamos a complexificação e a precarização das relações de trabalho, paralelamente a um desemprego estrutural que obriga as massas a aceitarem condições de trabalho que há décadas pareciam superadas. Nesse complexo, emergem as guerras, a ebulição climática e o colapso socioambiental, dando a ver que nunca houve como separar natureza, história e a crise estrutural do capitalismo. Estamos diante do poder de destruição do Capital, mediado/refratado pela materialidade do discurso em suas contraditórias condições de produção.

 

SIMPÓSIO 5

Discurso, classes, relações étnico-raciais

Coord.:

Gesualda Rasia (UFPR)

Glória França (UFMA)

Rogério Modesto (UESC)

Este simpósio propõe reunir trabalhos que analisem, sob uma perspectiva discursiva, as intersecções entre discurso, classe e relações étnico-raciais, incluindo, de modo complementar, reflexões sobre gênero. Em uma formação social atravessada por colonialidade — sustentada por capitalismo, racismo e patriarcado —, interessa-nos discutir como sujeitos e sentidos são produzidos a partir de posições de enunciação e práticas de resistência. Partimos da compreensão de que o capitalismo forja a figura do “trabalhador”, enquanto o racismo institui identidades como a de “negro” e “indígena”. Buscamos refletir sobre silenciamentos, apagamentos e enfrentamentos no interior desses discursos, considerando as relações contraditórias em que se inserem.

 

SIMPÓSIO 6

Discurso, Educação, Ideologia

Coord.:

Claudia Pfeiffer (UNICAMP)

Fabiele De Nardi (UFPE)

María Teresa Celada (USP)

Convidamos para este Simpósio autoras e autores de pesquisas em andamento ou finalizadas que, a partir da análise de discurso materialista, trabalhem os efeitos dos atravessamentos do capital nas práticas discursivas, nos modos de subjetivação e nas resistências (im)possíveis que podem ser flagradas em diferentes dimensões dos discursos da e sobre a educação, como: políticas de ensino (políticas curriculares, políticas de avaliação, políticas de compra e distribuição de livros didáticos, dentre outras); práticas de ensino (presenciais ou virtuais); propagandas sobre políticas de ensino; livros didáticos (coleções, apostilas etc); materiais de apoio (vídeos, powerpoints etc) – incluindo, quando for pertinente, a consideração dos efeitos de tais discursos sobre a(s) língua(s). 

 

SIMPÓSIO 7

Discurso, real da língua, real da história

Coord.:

Bethania Mariani (UFF)

Amanda Scherer (UFSM)

Aracy Ernst (UFPEL/FURG)

Propõe-se, neste simpósio, uma discussão sobre a noção de ‘real’. Em termos mais específicos, sobre o real da língua e o real da história nos processos discursivos afetados pela formação social capitalista (neoliberal) e a possibilidade de rebeldia e resistência produzidas pela condição da língua de não-toda, marcada, pois, pela falha e pelo equívoco. Tal condição que permite “rearranjos”, segundo Pêcheux e Gadet (1981), é que torna a língua capaz de política. Para os autores, o que afeta o princípio de univocidade na língua não é localizável, e o equívoco surge como o ponto em que o impossível (linguístico/linguageiro) se une à contradição (histórica); em outras palavras, o ponto em que a língua toca à história. Trabalhar os efeitos de sentido nessa perspectiva é compreender a discursividade como um processo social e histórico sujeito a falhas, deslocamentos e deslizes que podem atestar a inserção do político em sua constituição. Os trabalhos a serem submetidos podem versar sobre questões situadas no âmbito teórico e/ou analítico importantes para a compreensão do funcionamento dos discursos na formação social capitalista (neoliberal) produzidos em diferentes: i) condições de produção; ii) campos e espaços discursivos (políticos, jurídicos, pedagógicos, religiosos etc.); iii) registros (orais, escritos e imagéticos); iv) meios (mídias sociais, mídias jornalísticas); v) instâncias públicas.

 

SIMPÓSIO 8

Mídias, tecnologias, práticas políticas

Coord.:

Evandra Grigoletto (UFPE)

Silmara Dela Silva (UFF)

Solange Gallo (Unisul)

Com vistas a refletir acerca da relação entre mídias, tecnologias e práticas políticas, este simpósio busca reunir pesquisas voltadas à compreensão de processos discursivos que:  i) proponham discussões de cunho teórico e/ou analítico a respeito do funcionamento de discursos da/sobre as mídias e as tecnologias, em suas condições de constituição, formulação e circulação em nossa formação social; ii) contribuam para reflexões a respeito de materialidades digitais e(m) seus processos de normatização e midiatização na atualidade, e suas consequências para as práticas políticas; iii)  analisem os processos de individua(liz)ção do sujeito-avatar, determinado não somente pela  materialidade discursiva, mas também pela materialidade técnica digital; iv) analisem o funcionamento do capital nas mídias sociais digitais e reflitam sobre os seus efeitos e desdobramentos no social; v) apresentem escutas de práticas discursivo-midiáticas e/ou mobilizações tecnológicas que engendram gestos de resistência na atual conjuntura sócio-histórica. A partir de tais discussões, propomo-nos a avançar, teórico e metodologicamente, nas reflexões acerca da relação entre mídias, tecnologias e práticas políticas.

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