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EMENTAS 

SESSÃO COORDENADA 1

Sujeito, memória, ideologia

Coord.:

Maria Alcione Gonçalves Costa (IFPE)

Andréia Daltoé (UNISUL)

As relações contraditórias entre o “real” da história e os modos antagônicos como os acontecimentos do mundo e os sujeitos são discursivizados e/ou silenciados têm nos mostrado a importância de se investigar, sob a perspectiva materialista do discurso, os processos sócio-históricos e ideológicos por meio dos quais os sentidos são (re)produzidos e os sujeitos subjetivados no interior das práticas discursivas. Nesse processo de discursivização dos sentidos e dos sujeitos, a memória (no seu entrecruzamento com a ideologia) atua (re)inscrevendo, distorcendo e/ou apagando sentidos, haja vista que o sujeito do discurso, afetado pela memória do dizer própria da formação discursiva com a qual se identifica e a partir de sua posição de classe, (re)produz seus discursos, sob a ilusão da interpelação ideológica. Desse modo, esta sessão acolherá trabalhos que investiguem a existência histórica e a determinação da ideologia em processos discursivos em circulação que passem pela questão da memória, da luta de classes e do capital em diferentes aspectos das lutas e das revoltas no campo do social.

 

SESSÃO COORDENADA 2

Discurso, corpo, arte, política

Coord.:

Fernanda Correa Silveira Galli (UFPE)

Nádia Neckel (UNISUL)

Os discursos sobre arte e política colocam em funcionamento diversos modos de simbolização do corpo, de subjetivação, de resistências (im)possíveis que mobilizam o real da língua e da história. Esses funcionamentos envolvem a incompletude e a contradição constitutivas do sujeito, o corpo em sua divisão. Nesta sessão, interessa-nos acolher trabalhos que proponham compreender como os efeitos do capital produzem sentidos que afetam os corpos no jogo contraditório e constitutivo de arte e política. Pensamos algumas questões para fomentar nosso debate em torno do tema proposto nesta sessão coordenada: De que formas o capitalismo atua e afeta as relações de existência do sujeito do/no social? O que podem a arte e a política em seus diferentes modos de afetação do corpo? Como a ideologia funciona, a partir dos diferentes modos de atravessamento produzidos pela arte e pela política? Como o capital se marca em nossas projeções sensíveis?

 

SESSÃO COORDENADA 3

Discurso, gênero, relações de poder

Coord.:

André Cavalcante (UESC)

Dantielli Assumpção Garcia (UNIOESTE)

As ciências humanas, há algumas décadas, têm discutido a noção de gênero, propondo diferenças entre sexo e gênero; e, desde então, refletindo as relações de poder que se dão na construção dessa noção. Do ponto de vista da Análise de Discurso materialista (AD), temos compreendido que o gênero é produzido na/pela linguagem ou, como afirma Zoppi-Fontana (2017), ele [o gênero] é uma construção discursiva. Situados na perspectiva teórica da AD, temos nessa sessão coordenada um espaço para a discussão da relação entre discurso, gênero e relações de poder. Neste sentido, acolheremos pesquisas que discutam a temática em questão, pensando nos processos de subjetivação, sobretudo, de mulheres e da população LGBTQIAPN+ , bem como em seus espaços de resistência frente aos efeitos do capital.

 

SESSÃO COORDENADA 4

Discurso, classe, relações étnico-raciais

Coord.:

Felipe Augusto Santana do Nascimento (IFAL)

Samuel Barbosa Silva (IFCE)

Considerando os diferentes discursos hodiernos, que se estruturam em um modo de produção capitalista e colonial. A presente sessão de comunicação tem por objetivo acolher diferentes pesquisas que discutam sobre classes sociais e/ou relações étnico-raciais e se materializam em diferentes discursividades (religião, política, mídia, educação, etc.). Nesta sociedade, deparam-se forças conflitantes (Corten, 1999) que agem tanto a favor da manutenção da ordem vigente como a contestam em prol de outra organização social, justa e igualitária. Essas formas conflitantes de expressão social se apresentam de maneiras diversas em vários discursos, representados por sujeitos porta-vozes de interesses comuns ou divergentes dos operantes no processo de dominação do capital. Dessa forma, tomando as condições sóciohistóricas de produção e a inscrição do discurso na relação de classes sociais e étnico-raciais, entendemos que o discurso também é constituído por/para sujeitos (Pêcheux, 2009) que são afetados diretamente pela ideologia, de forma geral (re) produzindo esses dizeres a serviço do capital ou do trabalho.

 

SESSÃO COORDENADA 5

Discurso, mídias, tecnologias

Coord.:

Fernanda Lunkes (UFSB)

Tânia Clemente (UFRJ)

A presente sessão coordenada pretende reunir pesquisas que analisam as relações de sentidos entre sujeito, mídias e tecnologias no processo discursivo. Mobilizando o modo como essas noções são discutidas à luz da Análise de Discurso materialista, espera-se que os textos submetidos considerem os efeitos do capital sobre as mídias, tecnologias e os discursos, situando como esses efeitos se manifestam nos modos de subjetivação, nos processos de identificação, insubordinação, revolta e resistências (im)possíveis. Serão acolhidos trabalhos em andamento e/ou concluídos cujas propostas tragam reflexões teórico-analíticas acerca de funcionamentos discursivos da/na mídia; apresentem reflexões teórico-analíticas acerca dos funcionamentos da Inteligência Artificial em suas diferentes materialidades (técnica, científica, entre outras); dediquem-se à compreensão das mídias e das tecnologias em seus processos de constituição, formulação e circulação de sentidos; propostas que analisem diferentes materialidades significantes, com vistas à compreensão do funcionamento midiático-tecnológico-discursivo em relação aos processos de subjetivação no modo de produção capitalista.

  

SESSÃO COORDENADA 6

Educação, Línguas, Culturas

Coord.:

Juciele Pereira Dias (UERJ)

Mizael Nascimento (UFRPE)

Esta sessão coordenada reunirá trabalhos em Análise de Discurso e áreas afins, que apresentem pesquisas já finalizadas ou em andamento, relacionadas à questão das línguas, das culturas e da educação. O objetivo principal é promover um espaço de escutas das demandas da sociedade, em especial as da educação, problematizando questões históricas ou contemporâneas. Espera-se que as apresentações mobilizem as noções de língua(s), cultura(s) e educação. A sessão, assim, se volta a uma crítica sobre o atravessamento do capital e seu funcionamento em discursividades que constituem as políticas educacionais, políticas de língua e políticas culturais (entre outras), nas disputas por sentidos. Convidamos, portanto, pesquisas que promovam gestos de visibilidade às práticas discursivas e às disputas pelos sentidos nos modos de dizer a(s) língua(s), a(s) cultura(s) e a educação e seus (im)possíveis gestos de resistências.

 

SESSÃO COORDENADA 7

Capital, discurso, educação

Coord.:

Maria do Socorro Cavalcante (UFAL) 

Maristela Cury Sarian (UNEMAT)

Esta sessão se propõe a apresentar reflexões que possibilitem explorar profícuas relações, que abordem questões referentes ao atravessamento do discurso do capital nas práticas educativas. Assim, acolherá trabalhos filiados à AD materialista e/ou à AD materialista na relação com a HIL que busquem compreender os efeitos de sentidos produzidos pelo capital na educação brasileira, na conjuntura de uma formação social capitalista periférica que produziu e atualizou, ao longo do tempo, sistemas desiguais, excludentes e contraditórios para a escolarização e seus sujeitos. Interessa-nos dar visibilidade a propostas que coloquem em evidência funcionamentos engendrados pela relação educação – mercado - trabalho - a partir de análises que mobilizem os processos de individuação dos sujeitos e a divisão dos sentidos, na relação com as formas materiais de existência e/ou resistência, a partir de questões como: mercantilização/privatização da educação; políticas de financiamento; avaliações educacionais; políticas, programas e projetos de formação/qualificação de professores. 

 

SESSÃO COORDENADA 8

Libras, sujeito, sentidos

Coord.:

Maraisa Lopes (UFPI)

Élcio Aloisio Fragoso (Unir)

Diferença, contradição, oposição, dessemelhança, multiplicidade, variedade, pluralidade se marcam como efeitos de sentido possíveis para as várias manifestações recobertas pelos sentidos de diverso. Olhar para o diverso como uma posição possível/passível de subjetivação tem produzido efeitos em nossa sociedade. Orlandi (2005) assevera que a ideologia interpela o indivíduo em sujeito e este se submete à língua significando e significando-se pelo simbólico na história, ou ainda, o sujeito está sujeito à (língua) para ser sujeito da (língua). Esta é uma ambiguidade constitutiva, pois não se pode dizer senão afetado pelo simbólico, pelo sistema significante. Desse modo, não há sujeito nem sentido sem o assujeitamento à língua. É em meio a essas compreensões que o sujeito surdo se constitui enquanto posição na diferença, na diversidade, na instauração de uma língua outra, de um lugar outro para sua constituição, numa relação de materialidades linguísticas empiricamente distintas e de diferentes dimensões na ordem da memória discursiva. Assim, esta sessão coordenada tem o intuito de congregar trabalhos que tomem a Língua Brasileira de Sinais como basilar para os processos de individuação de sujeitos e para a produção de sentidos a partir de diferentes materialidades em meio a uma sociedade capitalista.

 

SESSÃO COORDENADA 9

Discurso, memória, deslocamentos

Coord.:

Maria Cleci (Unicentro)

Luciene Jung de Campos (UFRGS)

O fio condutor da sessão coordenada se constitui na relação entre discurso, memória e deslocamentos, considerando que todo discurso “é o índice potencial de uma agitação nas filiações sócio-históricas de identificação” (Pêcheux [1983], 1990, p. 56). Os deslocamentos resultam das agitações nas filiações dos sujeitos e de redes de memória, atravessadas por determinações ligadas ao pré-construído, como um dos efeitos da memória e do processo de produção “colocado em jogo” (Pêcheux, [1969], 2019, p. 35). Pelas vias da psicanálise, o deslocamento é próprio do sujeito desejante constituído pela falta. A arte comparece como uma das possibilidades de lidar com a fragilidade e de produzir uma borda, de modo que o discurso se abra para a interpretação dos efeitos do capital. Assim, os sujeitos podem “ousar se revoltar” diante de silenciamentos e de interdições, que cerceiam as liberdades. Aceitamos trabalhos nos domínios da linguística, da psicanálise, da arte e da história.

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