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EMENTAS 

SIMPÓSIO I

IDEOLOGIA, DISCURSOS AUTORITÁRIOS, SILENCIAMENTO

Coordenação:

Evandra Grigoletto (UFPE)

Maria Cleci Venturini (UNICENTRO)

​Considerando o contexto histórico e político mundial e o avanço do conservadorismo, nossa proposta para esse simpósio é refletir sobre as diferentes formas de  discursos autoritários (ORLANDI, 1983) e totalitários (COURTINE, 2006), bem como sobre os silenciamentos (ORLANDI, 1995) que têm circulado na nossa formação social, levando em conta os efeitos da ideologia (PÊCHEUX, 1975). Esperamos receber propostas que contemplem questões relacionadas ao negacionismo, a pautas morais, ao binarismo, ao racismo, à linguagem sexista, entre outras. Tomando como base o materialismo histórico, pretendemos discutir questões como: que práticas analíticas de leitura temos desenvolvido para compreender  os diferentes discursos autoritários? Que noções teóricas e materialidades temos mobilizado? Onde têm circulado e que formas de silenciamento esses discursos produzem? Que efeitos eles têm produzido nas práticas sociais e históricas?

 

 

SIMPÓSIO II

FORMAÇÃO SOCIAL, DISCURSO, RELAÇÕES DE PODER

Coordenação:

Belmira Magalhães (UFAL)

Helson Flávio da Silva Sobrinho (UFAL)

Luciana Nogueira (UFSCar)

Em breve.

 

 

SIMPÓSIO III

REAL, DISCURSO, SUJEITO

Coordenação:

Lucília Maria Abrahão e Sousa (USP)

Maria Virgínia Borges Amaral (UFAL)

Em seu percurso intelectual, Michel Pêcheux esteve às voltas com um “todo complexo conflituoso” das práticas científicas e filosóficas que envolvem questões relativas ao real, ao discurso, ao sujeito e a elementos específicos, historicamente determinados, imbricados nesses conceitos. Trata-se hoje de uma necessidade revisitar a teoria materialista do discurso, observando as “condições ideológicas da produção/transformação das relações de produção” como ponto de partida das análises que buscam compreender o real no qual o sujeito tropeça e confronta-se com o impossível, com o (in)dizível, com a falta das palavras (ausência do significante). A língua, a história e o inconsciente contam com isso que não se fecha, tampouco pode ser dito completamente, e o sujeito é tomado pelo princípio da realidade alicerçado no fetiche de felicidade para suportar o insuportável. Neste sentido este simpósio propõe o debate acerca das questões que se põem à Análise do Discurso como um campo de saber, de escuta social, numa sociedade absorvida pelas modernas condições de produção e em permanente contradição consigo mesma.

 

 

SIMPÓSIO IV

LEITURAS, DISCURSO, MEMÓRIA

Coordenação:

Fabiele Stockmans De Nardi (UFPE)

Verli Petri (UFSM)

Para Pêcheux (2011 [1984], p. 229) a AD é uma disciplina de interpretação que volta seu olhar para a “heterogeneidade discursiva no jogo das contradições sócio-históricas”, o que exige um trabalho de leitura que coloque cada sequência em “relação com o seu exterior discursivo específico [...] e à alteridade discursiva com que ela se defronta”. Neste campo nos deparamos com gestos de leitura que se produzem sobre materialidades opacas e resistentes, exigindo do analista a compreensão do funcionamento dos discursos em seu atravessamento pela história e pela memória - memória recortada, atualizada, saturada, lacunar, produzindo efeitos de sentido nas práticas sociais. Este simpósio pretende acolher trabalhos que proponham revisitar os modos de ler e dizer a/sobre leitura. Interessa-nos trabalhos que permitam discutir diferentes práticas de leitura, com ênfase para aquelas que se realizam no/sobre o espaço escolar, sobretudo as que revisitam a obra “A linguagem e seu funcionamento”, de Eni Orlandi, permitindo compreender sua contribuição para a construção de um modo específico de tratar a leitura, o discurso e a produção de sentidos.

 

 

SIMPÓSIO V

EDUCAÇÃO, DISCURSO, LÍNGUA(S)

Coordenação:

Cláudia Pfeiffer (UNICAMP)

María Teresa Celada (USP)

O presente Simpósio convida pesquisas que, na articulação entre educação, discurso e língua(s), analisem funcionamentos discursivos inscritos em políticas públicas, práticas de sala de aula, formação de professores, livros didáticos, imprensa, dentre outras textualidades que tenham por objeto o ensino de língua(s) pensadas em suas múltiplas dimensões como línguas nacionais, maternas, oficiais, línguas de acolhimento, línguas outras, línguas e inclusão, línguas de migração. Especificando um pouco mais, convidamos pesquisas que levem em consideração a relação indissociável entre a constituição de saber(es) sobre a(s) língua(s), a configuração da(s) língua(s) e os processos de identificação e subjetivação dos sujeitos de linguagem na configuração de políticas de língua que afetam, necessariamente, as formações sociais. Convidamos, enfim, pesquisas que promovam gestos de visibilidade às tensões e contradições, às disputas de sentidos enredadas em relações de força desiguais e às equivocidades que se inscrevem no espaço discursivo do ensino de língua(s).

 

 

SIMPÓSIO VI

CORPO, DISCURSO, CONDIÇÕES DE PRODUÇÃO

Coordenação:

Mónica Zoppi-Fontana (UNICAMP)

Nádia Régia Maffi Neckel (UNISUL)

Este Simpósio acolherá trabalhos que busquem compreender os funcionamentos do corpo político em suas reais condições de RE-Existência: Corpos dissidentes, corpo e trabalho, corpo e exploração, corpo e normalização. Quais condições de produção determinam quais corpos para caberem num Estado-nação e em seus aparelhos; quais corpos são visíveis/desejáveis a partir das injunções do Mercado? Quais sofrem segregação? Que re-existências são possíveis e como são ressignificadas a partir dos corpos à/na(s) margem(ns)? Materialmente compreendemos que é sempre uma condição de luta de classes que determina as divisões de corpos e suas posições do/no social, luta que está constitutivamente determinada por processos de racialização, herança da colonização, e por processos de generificação, efeito do sistema patriarcal, ou, como diria Michel Pêcheux (2006, p. 30), há uma “multiplicidade das ‘técnicas’ e de gestão”. Lançamo-nos, assim, para o debate na multiplicidade de corpos e(m) discurso.

 

 

SIMPÓSIO VII

SUJEITOS, DISCURSO, RESISTÊNCIA

Coordenação:

Gesualda dos Santos Rasia (UFPR)

Vanise Gomes de Medeiros (UFF)

Em consonância com a temática do XI SEAD – Escutas do (in)dizível – e com a temática do nosso simpósio – Sujeitos, discurso e resistência –, serão bem-vindas pesquisas inscritas em uma “teoria materialista dos processos discursivos” (PÊCHEUX, 1988, p. 134), e que concebam o sujeito e os sentidos em sua constituição histórica, ao mesmo tempo que em sua errância e possibilidade de movimentação. Acolheremos, portanto, pesquisas com espaço de escuta às práticas desses sujeitos e sua relação com gestos de ex/inclusão, especialmente na perspectiva da resistência. Abrigaremos também reflexões em torno do corpo, da língua, da arte, do humor, assim como reflexões em torno de movimentos migratórios e territoriais dos sujeitos.

 

 

SIMPÓSIO VIII

CULTURA, DISCURSOS ARTÍSTICOS, SUBJETIVAÇÃO

Coordenação:

Fernanda Correa Silveira Galli (UFPE)

Suzy Lagazzi (UNICAMP)

A cultura e a arte disponibilizam, para o sujeito, escutas sensíveis de um (in)dizível que o mobiliza e afeta no real da linguagem e da história. Nessas escutas, incompletude e contradição movimentam o desejo que faz falar o sujeito em seus laços sociais. Interessa-nos escutar o dizível e o indizível, em seu jogo contraditório, no processo de movência dos sentidos que constitui os discursos artísticos e culturais, por meio de questões como: O que podem a arte e a cultura em seus diferentes modos de interlocução? Qual o papel da arte e da cultura na nossa formação social? Como as práticas culturais e artísticas se fazem resistência no sujeito? Nos diferentes modos de subjetivação que a arte e a cultura produzem, como compreender o trabalho da ideologia? De que maneiras a arte e a cultura convocam, provocam, (i)mobilizam e afetam as relações no/do social? Há condições de produção especiais para que arte e cultura encontrem espaço de movência no social? Como as políticas públicas podem impactar a arte e a cultura?

 

 

SIMPÓSIO IX

IDEOLOGIA, DISCURSOS MIDIÁTICOS, CONTRADIÇÃO

Coordenação:

Silmara Dela-Silva (UFF)

Solange Gallo (UNISUL)

Neste simpósio almejamos reunir trabalhos que se voltem ao funcionamento dos discursos da/na e sobre a mídia em suas diferentes materialidades, com vistas à compreensão de suas condições de produção e circulação em nossa conjuntura sócio-histórica. À esteira do que propõe Michel Pêcheux, de que os discursos devem ser analisados em suas condições ideológicas de reprodução/transformação, nunca apartados das relações de contradição que presidem uma formação social, buscamos motivar discussões de caráter teórico-analíticas voltadas às condições de circulação de discursividades da/na mídia, considerando a predominância (pra não dizer uma quase hegemonia) da materialidade digital engendrando essa circulação, normatizando e midiatizando a produção dos discursos. Essa condição tecnológica tem desestabilizado os arquivos institucionais e provocado, com isso, o que denominamos fakenews e desinformação. As discussões também podem trazer aspectos da gestão dos arquivos por processos algorítmicos, tomando como por exemplo, o caso das IAs.

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